"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)

"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)
Qadishat Aloho, Qadishat Hayeltono, Qadishat Lo moyiuto

Refutação das Posições Judaicas contra o Cristianismo.

Jesus não pode ser o Messias, pois declarou que todos os alimentos eram puros, quando a Lei diz diferente. Isso vemos:  "Assim ele declarava puros todos os alimentos” (Mc 7,14.19). Isso mostra que Jesus jamais foi um judeu fiel e que agia contra a Lei. 

I. É bom lembrar que os evangelhos não foram escritos na hora em que Jesus falava, pois ninguém estava com tabuinhas relatando seus fatos por escrito. Jesus não teve repórteres constantemente ao seu lado, no seu pé. Os escritos inspirados sobre a sua Pessoa tiveram palco 30,40 anos depois de sua Vida Terrestre. Logo, muitos conteúdos dentro dos evangelhos são comentários teológicos posteriores sobre a Doutrina do Messias...

II. Jesus nunca ensinou, enquanto estava na terra, aos apóstolos, guardarem abstenção da alimentação Kasher (apropriada). O seu comentário sobre os alimentos referiam-se à pureza que a sua Vida Terrestre trouxe ao mundo como também o seu processo sacrifical trazendo a pureza a tudo diante de Deus. Como prova disso, vemos a toalha que Pedro viu e a resposta enérgica do mesmo apóstolo á visão: 

11. Viu o céu aberto e descer uma coisa parecida com uma grande toalha que baixava do céu à terra, segura pelas quatro pontas. 12. Nela havia de todos os quadrúpedes, dos répteis da terra e das aves do céu. 13. Uma voz lhe falou: Levanta-te, Pedro! Mata e come. 14. Disse Pedro: De modo algum, Senhor, porque NUNCA comi coisa alguma profana e impura. 15. Esta voz lhe falou pela segunda vez: O que Deus purificou não chames tu de impuro.  (At 10)

OUTRA REGIÃO:

"Jesus então dirigiu-se às multidões e aos seus discípulos: Os escribas e fariseus estão sentados na cátedra de Moisés. Portanto, fazei e OBSERVAI TUDO QUANTO VOS DISSEREM" (Mt 23, 1.2)

Daí vemos claramente que Jesus nunca ensinou aos apóstolos irem contra a lei de Moisés e tanto Ele como seu colégio eram judeus fidelíssimos. Podemos atentar também que ele não disse: observai tudo MENOS a Lei para os alimentos.  O que quis dizer então?

III . O que precisamos para entender tal trecho é entrar no contexto da Lei sobre os alimentos. Muitos pensam que a abstenção de certos alimentos em Israel devia-se somente à preservação de certas doenças, como aquelas que vêm dos suínos e etc. Na verdade não era isso... tanto que os camarões estão na lista dos alimentos que não podem ser comidos , e no entanto os camarões não transmitem doenças graves a não ser para os que têm alergias graves à substância. Certamente não era todo o Israel que tinha isso ou ninguém. O contexto para os Kasherot envolve algo muito mais profundo...mas o que? 


O CARÁTER NATURAL DO ANIMAL!

Isso está estreitamente relacionado ao pecado do homem. Quando Deus criou a terra, a fez perfeita, sem mancha e sem desequilíbrio. O pecado do homem deformou tudo isso. Logo, certos animais, como o porco, que, apesar de ter cascos fendidos (coisa que comentaremos em outro artigo), não rumina, e ainda por cima chafurda-porque têm poucas glândulas sudoríparas- para dissipar calor, acabou tendo um caráter de comunhão ao solo. Como entender isso? (Lv 11; Dt 14, 3ss)


Ora, não é o solo que se encarrega de acabar o que a Morte começa: a corrupção? 


Temos como  exemplo um dos símbolos principais do Judaísmo: a árvore. Além de significados esplêndidos como a humildade e também o homem enraizado na fé de Deus, ela pode ter uma conotação de vida vencendo a Morte. Por que? Porque do lugar onde a Morte termina, a planta surge cheia de vida, vigorosa, forte...logo, é sinal da Morte sendo vencida! 


Vejamos então: 


a) A ruminação é um processo que inclui etapas para degradar celulose e hemicelulose, amido, proteínas- não entraremos  em pormenores aqui, pois é um blog religioso-  envolvendo muita movimentação de bolo alimentar para as reações serem bem feitas. É um trabalho orgânico que parece mais um "aprimoramento purificador" (apesar de não ser, pois cientificamente o propósito é o maior aproveitamento de nutrientes e digestão de alimentos fibrosos e grosseiros). Mas mesmo nessa visão científica, a visão espiritual que isto nos dá é como que uma tendência maior de querer a vida pelos alimentos ingeridos devido a esse "cozinhar" no vai e vem do alimentos. Querer a vida porque quanto mais nutrientes aproveitados, mais processos vitais são garantidos.  Então, para Deus isso era uma figura (não que ele não conhecesse sua criação) da comunhão com a vida e não com a corrupção, pois além dessa atitude, a vida vinha do vegetal, o qual, do solo de onde se dá a corrupção, a vida (do vegetal) surge nele. O porco não tem esse processo, logo não há essa comunhão de cunho espiritual nele.  

b) O que agrava mais ainda o caráter do porco é o fato do chafúrdio! O porco: é um ser que, quando morre, mistura-se à terra. Não se enterra o porco para fazer nascer um pé de suínos vivos.  Jamais. Não que Deus fosse vencido por esse caráter, mas como dele não vem a deformação (a imperfeição), o "desejo" natural do porco unir-se à terra era repugnante à  Natureza Divina, logo a impureza consistia em comungar com a corrupção. Então, o israelita que comia os alimentos com tal caráter tinha como que uma comunhão com a corrupção.Com o Messias, nenhuma corrupção tem lugar mais no mundo:


 http://franciscorenalvo.blogspot.com/2012/02/o-messias-tinha-que-ser-divino-e.html

Jesus, de qualquer forma, ao dizer, na sua época, que o impuro é o que está no homem, não o que entra nele, tinha toda a razão ao falar que todos os alimentos eram puros, e eram, porque só o fato de nascer (como homem) ou mover um prego no seu ofício de carpinteiro pagariam uma dívida sem fim, purificando o mundo. Mas como Deus é Perfeição, foi até o fim com o seu Cordeiro, entregando-o á Morte e dessa mesma forma, O Messias teria que ser um judeu fiel, para ser o cumprimento perfeito da torah (Lei), como mostramos.


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