"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)

"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)
Qadishat Aloho, Qadishat Hayeltono, Qadishat Lo moyiuto

Refutação das Posições Judaicas contra o Cristianismo

Os escritos proféticos dizem que a era Messiânica será um Reino de Paz para todo o mundo...as guerras irão acabar, os povos vão se abraçar. Jesus viveu há dois mil anos e os cristãos dizem ser Ele o Messias, no entanto, as guerras continuam como também a miséria e a fome, sem contar a poluição e o aquecimento global que matam todo o orbe. Assim ele não é o Messias. (Isaías 2,2-5)




Eis que vai acontecer no fim dos tempos, *
que o monte onde está a casa do Senhor
– será erguido muito acima de outros montes, *
e elevado bem mais alto que as colinas.

– Para ele a correrão todas as gentes, *
3 muitos povos chegarão ali dizendo:
– 'Vinde, subamos a montanha do Senhor, *
vamos à casa do Senhor Deus de Israel,
– para que ele nos ensine seus caminhos, *
e trilhemos todos nós suas veredas.
– Pois de Sião a sua Lei há de sair, *
Jerusalém espalhará sua Palavra'.

Será ele o Juiz entre as nações *
e o árbitro de povos numerosos.
– Das espadas farão relhas de arado *
e das lanças forjarão as suas foices.

– Uma nação não se armará mais contra a outra, *
nem haverão de exercitar-se para a guerra.
5 Vinde, ó casa de Jacó, vinde, achegai-vos, *
caminhemos sob a luz do nosso Deus!



I. Essa é uma profecia com referência à segunda Vinda do Messias. Segundo a perfeição de Deus, o Messias teria que vir assim. Sobre isso já falamos: 


http://franciscorenalvo.blogspot.com/2012/02/o-messias-tinha-que-ser-divino-e.html

É interessante que  no salmo 110 se fala de um homem que se senta á direta do Eterno. Ora, sentar-se à direita de Deus significa  entrar no céu...e a Escritura declara, no Antigo Testamento que não havia homem que não provasse a Morte. E passar pela falência significava ficar longe de Deus no Xeol. Nessa situação vemos que um homem penetra no Céu (o Estado de Deus) muito antes da ressurreição de todos (que se dá no Juízo, segundo o profeta Daniel). Ora, notamos o episódio no qual tal homem se senta no Ceú, e no entanto Deus o diz: "até(ad, idéia de tempo) que eu ponha teus inimigos como escabelo". Então concluímos que entre o fato de o Messias sentar-se à direita e a Justiça Final, os inimigos ainda prevalecem...não que Deus não os vença, mas para se manifestar que a Maldade não vale a pena. Então é necessário que as guerras continuem e outras coisas ruins aconteçam, para que os homens  vejam que Deus é o Suficiente a cada ser, e andar longe dele é Perdição Eterna. Prestemos atenção que quando Isaías fala na Paz, também fala no Juízo, o que corresponde ao Fim dos Tempos, "quando os inimigos forem postos aos pés." 
II. Coerência Eclesial- Se analisarmos perfeitamente, esse intervalo de agonia entre uma vinda e outra é estritamente necessário para que se cumpra a Justiça completa na Igreja do Messias. Como Deus é a Justiça Perfeita, é Perfeito que a Igreja, já Justificada, siga os Passos do Servo Sofredor em favor do mundo (visto que a comunidade eclesial é o Corpo do Messias), pois o Altíssimo configura infalivelmente o seu povo à Justiça Perfeita (no sacrifício do seu Cordeiro), para que possa achegar-se a ele. 

Refutação das Posições Judaicas contra o Cristianismo.

Jesus não pode ser o Messias, pois declarou que todos os alimentos eram puros, quando a Lei diz diferente. Isso vemos:  "Assim ele declarava puros todos os alimentos” (Mc 7,14.19). Isso mostra que Jesus jamais foi um judeu fiel e que agia contra a Lei. 

I. É bom lembrar que os evangelhos não foram escritos na hora em que Jesus falava, pois ninguém estava com tabuinhas relatando seus fatos por escrito. Jesus não teve repórteres constantemente ao seu lado, no seu pé. Os escritos inspirados sobre a sua Pessoa tiveram palco 30,40 anos depois de sua Vida Terrestre. Logo, muitos conteúdos dentro dos evangelhos são comentários teológicos posteriores sobre a Doutrina do Messias...

II. Jesus nunca ensinou, enquanto estava na terra, aos apóstolos, guardarem abstenção da alimentação Kasher (apropriada). O seu comentário sobre os alimentos referiam-se à pureza que a sua Vida Terrestre trouxe ao mundo como também o seu processo sacrifical trazendo a pureza a tudo diante de Deus. Como prova disso, vemos a toalha que Pedro viu e a resposta enérgica do mesmo apóstolo á visão: 

11. Viu o céu aberto e descer uma coisa parecida com uma grande toalha que baixava do céu à terra, segura pelas quatro pontas. 12. Nela havia de todos os quadrúpedes, dos répteis da terra e das aves do céu. 13. Uma voz lhe falou: Levanta-te, Pedro! Mata e come. 14. Disse Pedro: De modo algum, Senhor, porque NUNCA comi coisa alguma profana e impura. 15. Esta voz lhe falou pela segunda vez: O que Deus purificou não chames tu de impuro.  (At 10)

OUTRA REGIÃO:

"Jesus então dirigiu-se às multidões e aos seus discípulos: Os escribas e fariseus estão sentados na cátedra de Moisés. Portanto, fazei e OBSERVAI TUDO QUANTO VOS DISSEREM" (Mt 23, 1.2)

Daí vemos claramente que Jesus nunca ensinou aos apóstolos irem contra a lei de Moisés e tanto Ele como seu colégio eram judeus fidelíssimos. Podemos atentar também que ele não disse: observai tudo MENOS a Lei para os alimentos.  O que quis dizer então?

III . O que precisamos para entender tal trecho é entrar no contexto da Lei sobre os alimentos. Muitos pensam que a abstenção de certos alimentos em Israel devia-se somente à preservação de certas doenças, como aquelas que vêm dos suínos e etc. Na verdade não era isso... tanto que os camarões estão na lista dos alimentos que não podem ser comidos , e no entanto os camarões não transmitem doenças graves a não ser para os que têm alergias graves à substância. Certamente não era todo o Israel que tinha isso ou ninguém. O contexto para os Kasherot envolve algo muito mais profundo...mas o que? 


O CARÁTER NATURAL DO ANIMAL!

Isso está estreitamente relacionado ao pecado do homem. Quando Deus criou a terra, a fez perfeita, sem mancha e sem desequilíbrio. O pecado do homem deformou tudo isso. Logo, certos animais, como o porco, que, apesar de ter cascos fendidos (coisa que comentaremos em outro artigo), não rumina, e ainda por cima chafurda-porque têm poucas glândulas sudoríparas- para dissipar calor, acabou tendo um caráter de comunhão ao solo. Como entender isso? (Lv 11; Dt 14, 3ss)


Ora, não é o solo que se encarrega de acabar o que a Morte começa: a corrupção? 


Temos como  exemplo um dos símbolos principais do Judaísmo: a árvore. Além de significados esplêndidos como a humildade e também o homem enraizado na fé de Deus, ela pode ter uma conotação de vida vencendo a Morte. Por que? Porque do lugar onde a Morte termina, a planta surge cheia de vida, vigorosa, forte...logo, é sinal da Morte sendo vencida! 


Vejamos então: 


a) A ruminação é um processo que inclui etapas para degradar celulose e hemicelulose, amido, proteínas- não entraremos  em pormenores aqui, pois é um blog religioso-  envolvendo muita movimentação de bolo alimentar para as reações serem bem feitas. É um trabalho orgânico que parece mais um "aprimoramento purificador" (apesar de não ser, pois cientificamente o propósito é o maior aproveitamento de nutrientes e digestão de alimentos fibrosos e grosseiros). Mas mesmo nessa visão científica, a visão espiritual que isto nos dá é como que uma tendência maior de querer a vida pelos alimentos ingeridos devido a esse "cozinhar" no vai e vem do alimentos. Querer a vida porque quanto mais nutrientes aproveitados, mais processos vitais são garantidos.  Então, para Deus isso era uma figura (não que ele não conhecesse sua criação) da comunhão com a vida e não com a corrupção, pois além dessa atitude, a vida vinha do vegetal, o qual, do solo de onde se dá a corrupção, a vida (do vegetal) surge nele. O porco não tem esse processo, logo não há essa comunhão de cunho espiritual nele.  

b) O que agrava mais ainda o caráter do porco é o fato do chafúrdio! O porco: é um ser que, quando morre, mistura-se à terra. Não se enterra o porco para fazer nascer um pé de suínos vivos.  Jamais. Não que Deus fosse vencido por esse caráter, mas como dele não vem a deformação (a imperfeição), o "desejo" natural do porco unir-se à terra era repugnante à  Natureza Divina, logo a impureza consistia em comungar com a corrupção. Então, o israelita que comia os alimentos com tal caráter tinha como que uma comunhão com a corrupção.Com o Messias, nenhuma corrupção tem lugar mais no mundo:


 http://franciscorenalvo.blogspot.com/2012/02/o-messias-tinha-que-ser-divino-e.html

Jesus, de qualquer forma, ao dizer, na sua época, que o impuro é o que está no homem, não o que entra nele, tinha toda a razão ao falar que todos os alimentos eram puros, e eram, porque só o fato de nascer (como homem) ou mover um prego no seu ofício de carpinteiro pagariam uma dívida sem fim, purificando o mundo. Mas como Deus é Perfeição, foi até o fim com o seu Cordeiro, entregando-o á Morte e dessa mesma forma, O Messias teria que ser um judeu fiel, para ser o cumprimento perfeito da torah (Lei), como mostramos.


Refutação das Posições Judaicas contra o Cristianismo.

Um dos requisitos para a legitimidade messiânica é a reconstrução do Terceiro Templo de Jerusalém (de Pedra- Beit haMikdash), segundo prescreve Ezequiel 40-46...Yeshua (Jesus) não cumpriu isso, logo ele não pode ser o Messias. 


Consulte: http://www.bibliacatolica.com.br/01/33/40.php


O Templo de que fala Ezequiel é amplamente figurativo. Ele significa o Messias e a sua Igreja, que plenificam o ofício levítico e o levam ao seu fim.São muitos pormenores que não comentaremos aqui, sendo um Templo muito diferente do passado (segundo), em medidas e beleza. Na verdade, Jesus construiu o Terceiro Templo, que foi  a sua Igreja! Falamos aqui sobre as duas vindas messiânicas, necessárias segundo a perfeição de Deus:

  http://franciscorenalvo.blogspot.com/2012/02/o-messias-tinha-que-ser-divino-e.html

Se o Templo de Ezequiel é uma figura do Messias com a sua Igreja, então nem na primeira vinda seria preciso construir um Templo de Pedra, nem na segunda!

PROVAS: 


a) A paga infinita da dívida do homem pelo Messias...(o artigo citado acima). Ora, se o Messias, pela sua Morte, livrou o homem da escuridão quanto a Deus, no seu Sangue, porque continuar Israel com ofício levítico derramando sangue de animais que não livrariam o homem da Morte (dons finitos)? É um paradoxo enorme  continuar sacrificando novilhos e cordeiros! É chamar a Salvação de Deus imperfeita aceitando-a! E em Ezequiel vemos claramente o ofício Levítico em ação sacrificando animais( ver 44,31).
b) ...estreitamente relacionado ao anterior: Se o messias livrou o homem da Morte (que fazia o homem não ter acesso ao céu) e fez com que a humanidade tivesse acesso ao céu. Is 25 expressa claramente ao falar que a Morte (corporal) foi destruída!:

"E o SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados.
E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.
Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse." 
Isaías 25:6-8
 

Ora, se a Morte foi aniquilada( O Messias abriu o Xeol), sim, ela, um empecilho ao homem ter acesso ao céu (não o Céu físico, mas ao Estado glorioso de Deus), porque então reconstruir um Templo com Santo dos Santos no qual ninguém tem acesso, a não ser o Sumo sacerdote no tempo determinado? 

Não é um paradoxo? 

Interpretar Ezequiel 40-46 coaduna-se mais com a Igreja, pois no seu culto está presente o Céu, a Jerusalém Celeste. 

Prova Cabal 

A prova-chave para nossa ressalva encontra-se no capítulo subseqüente: a fonte que corre do Templo.


O interessante é que esta Fonte dá vida ao seu redor. Isso se trata da fonte aberta no Messias distribuindo seus dons de vida Eterna á humanidade desde a sua Morte e no mundo vindouro...quando os justos irão ressurgir (tendo o Messias como primícias). Ele os distribui desde já pela sua Igreja nos seus sacramentos (Jo 19,34); Significa também toda a Natureza que vai ser renovada e cheia de vida Eterna.

A nossa ressalva aqui sobre a Fonte do Templo serem os dons espirituais do Messias (não se tratando de uma fonte material, física) é o fato, acompanhado de não se precisar de sangue de animais- pois o Messias com seu sangue já deu Justificação Infinita-de no mundo vindouro a vida ser ETERNA, e de que nas condições de ressuscitados os corpos não precisam mais de alimentos e remédios (no capítulo 47 de Ezequiel fala-se das plantas que servem de remédio e alimentos em abundância advindos da Fonte). Ver: http://franciscorenalvo.blogspot.com/2011/07/refutacao-das-posicoes-judaicas-contra.html  .

Para coroar o que dissemos (sobre a Fonte= as GRAÇAS do Messias): 

"Naquele dia haverá para a casa de Davi uma Fonte aberta para lavar o pecado e a mancha" (Zc 13,1)

Ora, onde há pecado não há sacrifício expiatório? (como comentamos). Qual foi o sacrifício expiatório que pagou nossa dívida Infinita?