"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)

"Cristo, nossa Páscoa, foi Imolado. Celebremos a Festa... com pão sem fermento..." (1Cor 5,7)
Qadishat Aloho, Qadishat Hayeltono, Qadishat Lo moyiuto

Curso de Liturgia

2. Liturgia

Liturgia provém do grego clássico leithourgia (leitos- popular, povo; , designando não uma atividade privada, mas pública. Uma ação, um trabalho, que visa não só o campo social como o religioso.
Cristo Jesus é o Único Liturgo da Igreja, porque é o Sumo sacerdote que se oferece ao Pai, primeiro, em gesto de Amor Trinitário e, conseqüentemente, por nossa causa, em nosso benefício, para vivermos a vida na Trindade, participando da Graça.
O nome Missa vem do Latim tardio missa “forma substantivada do Latim mittere, que quer dizer, enviar. Todo o movimento da Missa é uma ação de Cristo no seu povo e com ele, sendo inseparável a junção Cabeça (Cristo) e membros (Igreja). Essa mesma dinâmica de Cristo para a salvação do gênero humano é eterna, ou seja., está sempre no “agora”.

1187. A liturgia é obra do Cristo total, cabeça e corpo. O nosso Sumo-Sacerdote celebra-a sem cessar na liturgia celeste, com a Santa Mãe de Deus, os Apóstolos, todos os santos e a multidão dos seres humanos que já entraram no Reino.
Um belíssimo Eco Litúrgico se encontra no próprio Evangelho registrado, em Lucas 24, quando naquele primeiro dia da semana do século I dois discípulos, um chamado Cléofas, e o outro, inominado, tiveram uma experiência profunda com o Ressurreto, depois do grande choque da Cruz:
13 Nesse mesmo dia, dois discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam a respeito de tudo o que tinha acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: «O que é que vocês andam conversando pelo caminho?» Eles pararam, com o rosto triste. 18 Um deles, chamado Cléofas, disse: «Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o queaconteceu nesses últimos dias?» 19 Jesus perguntou: «O que foi?» Os discípulos responderam: «O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo. 20 Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, faz três dias que tudo isso aconteceu! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo, 23 e não encontraram o corpo de Jesus. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas ninguém viu Jesus
25 Então Jesus disse a eles: «Como vocês custam para entender, e como demoram para acreditar em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória?» 27 Então, começando por Moisés e continuando por todos os Profetas, Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: «Fica conosco, pois é tarde e a noite vem chegandoEntão Jesus entrou para ficar com eles. 30 Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32 Então um disse ao outro: «Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?» 33 Na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão!» 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.

Como Liturgo Divino, Cristo, na Divina Liturgia (Missa), nos impregna nas escrituras, tal como os discípulos de Emaús, e depois nos faz participar de sua própria doação partindo o Pão da sua Eucaristia. Depois dessa experiência, somos enviados (mittere) a testemunhar no mundo que Jesus está vivo. Sobre este movimento, há a confirmação do Magistério da Igreja no Catecismo Oficial:
“Por acaso não é exatamente este o movimento da Ceia Pascal de Jesus ressuscitado com os seus discípulos? Estando a caminho, explicou-lhes as Escrituras, e em seguida, colocando-se à Mesa com eles, “tomou o pão, abençoou-o, depois partiu e distribuiu-o a eles” (parágrafo 1374)

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